Um grupo de catorze rapazes, onde apenas um deles era maior de idade, foram acusados da morte de Gisberta, um transexual.
O indivíduo transexual é aquele que recorre à mudança de sexo, pelo facto de existir uma inconformidade em relação ao sexo que tem fisicamente e ao que gostaria de ter psicologicamente.
O grupo de jovens deslocou-se ao prédio inacabado onde Gisberta se refugiava, atacando-a com pedras e paus. Estes regressaram, ainda, ao local quatro vezes, mas nunca lhe prestando auxílio. Por fim, não só destruíram totalmente a sua habitação como ainda a atiraram para um fosso de sete metros, onde esta acabara por morrer afogada. Estes jovens colocaram em causa retirar valores morais e éticos ao revelarem comportamentos de extrema violência e de vandalismo, os quais podem ser considerados comportamentos desviantes.
Após debatermos este caso, pensamos que os quatorze rapazes terão cometido tais actos por não apresentarem um espírito de tolerância em relação à diferença. O que eles fizeram foi discriminar, visto que a vítima mortal, se tratava de um indivíduo que sofria de exclusão social. Gisberta era alvo de exclusão social, na medida em que sendo transexual não possuía documentação actualizada, vivia da prostituição, em situação precária, sendo um sem-abrigo. Com estas características, estão em causa os valores económicos e morais de Gisberta. Esta sofria represálias por ser toxicodependente, seropositiva e tuberculosa.
O que mais nos perturbou em relação a este caso, foi o facto de os jovens terem discriminado uma pessoa transexual, ao ponto de ser agredida até a sua morte e apesar de terem regressado quatro vezes, onde se encontrava a vítima, não lhe prestaram auxílio em nenhuma das vezes.
Em suma, ao analisarmos este caso e tentando-nos colocar na posição destes jovens pensamos que, embora fossemos capazes de discriminar uma pessoa com todas estas características, nunca chegaríamos à agressão física.
Por: Raquel Mendonça e Sofia Pereira
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