segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O caso de um transexual excluído, “Gisberta”


No âmbito da disciplina de Psicologia no tema a Diferença foi-nos proposta uma reflexão sobre um caso muito polémico.
Este caso aconteceu em 2006 em que, Gisberta um transexual foi brutalmente agredida e assassinada pelo um grupo de jovens.
O que nos impressionou mais, foi o facto de Gisberta não ter sido tratada como um ser humano, mas sim como um bicho, acabando por ser discriminada e excluída pela sociedade. As condições de vida desta, eram praticamente inexistentes, já que não tinha o mínimo de estabilidade e bem-estar para conseguir ter uma vida digna.
A protagonista deste caso era uma sem abrigo, toxicodependente, indocumentada e mais grave aos “olhos” da sociedade era prostituta, sofrendo assim de HIV e tuberculose.
Gisberta sofreu agressões, nomeadamente foi apedrejada, bateram-lhe com paus, deram-lhe pontapés e bateram-lhe na cabeça. Este crime foi agravado por parte dos jovens já que estes destruíram-lhe a “casa” (barraca), deixando-a numa situação completamente precária.

Este caso foi bastante problemático, pois Gisberta foi espancada durante 4 dias, junto a um prédio abandonado onde esta se refugiava e onde foi atirada para um foço com uma profundidade de 7 metros, onde acabou por morrer.
Os jovens que cometeram este crime foram a julgamento, mas acabaram por não sofrer uma punição merecedora e significativa do acto cometido, pois também eram menores e já estavam numa casa de correcção. As pessoas envolvidas no caso, no total foram 14, sendo 13 jovens e um imputável.
Este rapaz, sendo o único maior de idade, chamava-se Vítor. Este indivíduo foi condenado a 8 meses de prisão efectiva por omissão de auxílio, já que durante os 4 dias em que Gisberta foi agredida, este não lhe prestou auxílio.
Actualmente as pessoas ainda não têm bem a noção do que é um transexual, pois também evitam falar no assunto. Um transexual é um individuo que por necessidade ou por vontade própria muda do seu sexo, para o sexo oposto, sendo submetidos a operações e medicamentos (hormonas).
Os valores implícitos neste caso são de carácter moral, pessoal e social. Estes jovens “violaram” a integridade física de Gisberta, onde mostraram maldade e frieza com esta. Os jovens que cometeram este acto, tiveram experiências anteriores negativas, como a exclusão social, falta de afecto familiar e uma transmissão de valores de normas, o que os pode ter levado a agirem desta maneira altamente inaceitável e completamente repreensível.
No nosso caso se tivéssemos assistido a uma situação destas, teríamos pedido ajuda a uma entidade especializada como o 112 de modo a obter informação/ajuda de como agir nestes casos.
Assim podemos concluir que este caso é muito triste, porque o que aconteceu a Gisberta já está feito, não se pode voltar atrás mas o que aconteceu a estes jovens não foi nada, pois a justiça falhou, não punindo estes jovens de forma significativa, pois tiraram a vida a um ser humano, que já tinha problemas de saúde tantos físicos como psicológicos.





Marisa, Cláudia, Elsa e Jéssica

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